sábado, 9 de janeiro de 2010

Capítulo 2


Introdução dos sons: v, d-l-m.
Apresentação do pirilampo, da dália, do lobo e da minhoca.


A abelhinha, os óculos, o pequeno índio e o ursinho acabaram por encontrar a escova mágica.
- Boa tarde! Cumprimentou a abelhinha.
Em seguida, ela apresentou os óculos:
- Este aqui é meu novo amigo. Ele também precisa de sua ajuda. Podes consertar meu amiguinho? Ele está partido.

Então a escova mágica olhou para os óculos e disse (ou cantou) assim:
- Eu prometo que
Como novo vai ficar.
Eu ajudo de verdade
Mas tens de esperar.

Já estava a ficar noite.
- Bem, disse a abelhinha. Acho que hoje vou dormir aqui mesmo. Posso?
E, sem esperar resposta, deitou-se no meio dos pelos da escova encantada.
E logo adormeceu.

De repente a abelhinha acordou e começou a gritar:
- Socorro! Socorro! Socorro! Por favor, ajudem-me!
- Que é que aconteceu? Perguntou o ursinho.
A abelhinha respondeu com voz de choro:
- A escova mágica está a arder!
A escova, rindo, explicou:
- Não é fogo não, abelhinha! É um bichinho! Ele ficou preso nos meus pelos.
A escova encantada sacudiu os pelos. O bichinho saiu a voar.
- Como te chamas? Quis saber a abelhinha.
O bichinho muito assustando, só conseguiu fazer um barulhinho assim: v...

A escova mágica explicou:
- Este bichinho é um pirilampo! Ele não pode falar direito, porque apanhou um susto muito grande. Agora ele precisa de descansar um pouco. Tudo vai acabar bem, vão ver.

Nesse instante o pirilampo voou para o lado da abelhinha e ascendeu a luz pisca-pisca. A abelhinha assustou-se tanto que quase desmaiou. Tratou de procurar um lugar para se esconder. E... Que foi que a abelhinha viu? Uma dália caída no chão.

A abelhinha, mais que depressa, se meteu de baixo da flor. E desapareceu...
O pequeno índio, muito desconfiado, chamou bem alto:
- Abelhinha! Abelhinha!
Ninguém respondeu.
Mas a abelhinha mexeu-se com tanta força que a dália fez um barulhinho assim: d...

A escova mágica, mais uma vez, explicou:
- O som que vocês escutaram, meus amigos, vem dessa flor aí. Qualquer coisa que sacuda as pétalas dessa dália, ouve-se logo esse barulhinho.

Nesse momento, a abelhinha apareceu, ainda bastante assustada. Não conseguia dizer uma palavra.

Então, para sossegar os amigos, a escova mágica disse uma palavra mágica: QUADIDUVIVU.
No mesmo instante o susto da abelhinha passou. O barulhinho da dália parou. E o pirilampo falou:
- Eu estava voando lá no meio da floresta. Nisto me assustei com os olhos de um lobo. Pareciam duas velas acesas, andando de um lado para outro, na escuridão da noite. Logo depois, escutei um uivo diferente. Quase morri de medo!

A escova explicou tudo:
- O lobo caiu numa armadilha. O laço apertou demais o pescoço dele. Por isso o uivo saiu diferente. Vocês querem saber como foi o uivo?
A escova repetiu, três vezes, a palavra mágica: QUADIDUVIVU.

Todos escutaram o uivo abafado de um lobo. Era um uivo assim: l...
O professor encostará a língua no céu da boca e colocará a mão no pescoço para emitir o som do l fazendo-o como se estivesse preso num laço. Em seguida, agirá como nas vezes anteriores.

- Igualzinho! gritou o pirilampo.
A abelhinha queria logo saber:
- E depois, que aconteceu?
- Tratei de fugir depressa e acabei perdido.
E depois? Perguntou o pequeno índio.
- Depois? Continuei voando. Voei, voei... Fiquei tão cansado que caí no chão. E que é que havia de aparecer na minha frente? Uma minhoca! Uma minhoca comprida, muito vagarosa... Uma simpatia de minhoca! Ela chegou ao meu ouvido e começou a fazer um barulhinho engraçado. Eu acho que ela ia me contar algum segredo! Mas não entendi nada. Ah! Se eu pudesse descobrir o que a minhoca queria me dizer...

Naquela altura a abelhinha, o pequeno índio e o ursinho olharam para a escova encantada. Ela adivinhou o pensamento de seus amigos e disse de novo, três vezes: QUADIDUVIVU.

Mal acabou de falar a palavra mágica, saiu do chão um fumo muito branco que foi subindo, subindo. Por fim, desapareceu no ar. E naquele mesmo lugar todos viram, de repente, a minhoca aparecer. A minhoca começou logo a fazer um som engraçado assim: m.

Então a escova mágica explicou:
- O que a minhoca queria era ensinar onde ficava a casa da avó.
- Que pena! Exclamou ele, suspirando. Eu já podia ter chegado lá. Mas não fui capaz de entender o tal barulhinho...

A escova mágica achou que era hora de ajudar ensinou o caminho da casa de Dona Júlia.
O pirilampo despediu-se dos amigos:
- Bem... Eu já vou. Preciso chegar ainda hoje.
E lá se foi ele, dizendo assim:
- Obrigado, meus amigos! Muito obrigado! Adeus! Adeus!


Boas aprendizagens!!

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