domingo, 10 de janeiro de 2010

Capítulo 3


Introdução dos sons: p-g-r-t.
Apresentação do papagaio de papel, do gato, do rato e da torre.


Um dia, a abelhinha viuno céu um papagaio de papel balançando pra lá, pra cá, pra lá, pra cá. Quando o vento batia com força, ele fazia um barulhinho assim: p...

A abelhinha estava tão distraída ouvindo o barulhinho que não viu o gato Golias chegar.
- Abelhinha, que é que estás a fazer? – perguntou o gato muito curioso.
- Ah! Eu estou a sonhar, amigo Golias... Sabe com o quê? Com as asas que vou receber. Quando isto acontecer, eu poderei voar... voar... voar...! A escova mágica prometeu-me ajuda, mas disse que eu tenho de esperar.
O gato, para alegrar a abelhinha, perguntou:
- Queres dar um passeio lá onde está o papagaio de papel?
- Quero sim!
Então o gato puxou o papagaio de papel. A abelhinha segurou-se nela e o papagaio de papel subiu outra vez.

Golias prendeu a linha numa pedra e foi dormir a sesta. Logo depois, o gato roncava fazendo um barulhinho assim: g...

Perto dali, no buraco de um muro velho, vivia escondido Raque-Raque. Raque-raque era um rato muito maroto. Ele tinha ouvido a conversa do gato e da abelhinha e achou que podia divertir-se à custa do bichano.

Brincar com a abelhinha, não: ela estava lá no alto, passeando ... Mas o gato Golias estava a dormir ali, bem perto dele. Bastava uma corridinha e pronto!
Sem fazer barulho para não acordar o bichano, Raque-Raque saiu do buraco. Deu um puxão na cauda do Golias e quis voltar depressa para a casa. Mas não conseguiu. Ficou tão atrapalhado que começou a fazer um barulhinho assim: r...

Com isso o gato abriu os olhos. Olhou em volta: não viu ninguém. Ele ainda estava com muito sono e acabou por adormecer outra vez. Raque-Raque aproveitou a ocasião para nova brincadeira: deu um puxão nas orelhas do bichano e fez cócegas no focinho dele. Depois procurou um lugar para se esconder. Não queria medir forças com o gato Golias, não! O ratinho não era tolo.

Escondeu-se atrás de uma pedra e lá ficou muito quietinho. Mas agora Golias saiu a miar com raiva, querendo descobrir que é que o tinha incomodado.

E assim o papagaio de papel ficou abandonado, balançando de um lado para outro. A força do vento foi aumentando, aumentando e a linha o papagaio de papel arrebentou. Levado pela ventania, acabou por ficar preso no alto de uma torre. O vento soprava cada vez mais forte! E como batia na torre! ... E como sacudia a abelhinha! ... De vez em quando, por causa da força do vento, a torre parecia que estalava, fazendo um barulhinho assim: t ...

Raque-Raque escutou o barulho. Olhou para cima e começou a pensar: “Coitada da abelhinha! Ela deve estar com medo, lá em cima. Como é que vai descer de lá? Tenho de ir agora mesmo ajudar a minha amiga”.

Raque-Raque saiu a correr. Entrou pelo buraco de um portão que só ele conhecia. Pulou um muro. Roeu uma porta. Subiu uma escada muito comprida. Atravessou um corredor escuro. Correu, correu. Só parou no alto da torre. Aí, Raque-Raque puxou o papagaio de papel. Mas quando viu a abelhinha teve uma surpresa. Ela não estava com medo e até ria muito satisfeita. Nem queria sair de lá. Foi quando o ratinho disse à abelhinha que a escova mágica e os outros companheiros iam ficar com saudades dela. Então a abelhinha deu um pulo nas costas de Raque-Raque e voltou para junto dos amigos. Mal chegou, ela foi logo contar as coisas maravilhosas que tinha visto.

Todos estavam a gostar muito de ouvir o que a abelhinha dizia. De repente ela ficou séria e perguntou à escova:
- Falta muito tempo para nascerem as minhas asas novas?

Boas aprendizagens!!

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