quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Capítulo 7


Apresentação da abelhinha com as novas asas.
Introdução dos sons: Ah! Oh!


Um dia, a abelhinha estava no jardim da casa de Dona Julia. De repente ouviu um barulho. Parecia que o barulho vinha da janela do quarto do bebé. A abelhinha olhou para lá e ficou assustada. Quis falar e não pôde. Quis correr e não saiu do lugar. Quis pedir ajuda e não viu ninguém. Quis chamar a escova mágica e não conseguiu. Que teria a abelhinha visto na janela do quarto?

O que a abelhinha viu foi à harpa de brinquedo. A harpa estava bem na beira da janela.
“Que perigo!” pensou a abelhinha. “A harpa pode cair a qualquer momento. Ela vai ficar em pedaços.”
Nisto o vento começou a balançar a harpa de um lado para o outro. De repente o vento empurrou a harpa com tanta força que ela caiu da janela.

A abelhinha fechou os olhos e sentiu seu coração bater assim: tuque-tuque, tuque-tuque, tuque-tuque. As pernas da abelhinha começaram a tremer e a cabeça a rodar, rodar... Cada vez mais aflita, a abelhinha pensou: “Não quero nem ver como ficou minha amiga harpa. Ela deve estar toda partida. Que pena!”

A abelhinha não pode resistir à curiosidade: foi abrindo os olhos devagarinho, devagarinho... Primeiro abriu um olho, depois abriu o outro... Olhou para o chão, olhou para o lado, olhou para frente e não viu a harpa, nem inteira, nem partida. A abelhinha pensou: “Como é que a harpa pode desaparecer assim? Que coisa esquisita!... Eu tenho de descobrir o que foi que aconteceu.”

Nesse instante o vento soprou com mais força ainda. E a abelhinha tornou a ouvir um barulho vinha de uma árvore, perto da janela do quarto. A abelhinha olhou para lá e... Sabes o que ela viu? A harpa pendurada num galho de árvore, presa por uma das cordas. Estava cai... não cai...
A abelhinha via tudo lá do chão e queria ajudar a harpa. Mas a árvore era tão alta...

Nesse instante a abelhinha quis tanto voar! Ela batia as asinhas... Mas só
tinha asas de um lado... Não saía do chão! A abelhinha fechou os olhos e começou a pensar “Ah! Como seria bom se as minhas asas já tivessem nascido!... Eu iria a voar pra junto da harpa e garanto que arranjava logo um jeito de ajudar minha amiga.”

Foi aí que a abelhinha ouviu três vezes: QUADIDUVIVU! Pensou logo: “A escova mágica está aqui! Ela vai salvar a harpa.”
Nessa altura ela teve uma grande surpresa. Não é que ela, a abelhinha, estava lá em cima, no galho da árvore, juntinho da harpa? Como é que tinha chegado até ali? Ela não podia voar...
Justamente nesse momento, a abelhinha ouviu a escova mágica dizer:
- Você agora, abelhinha,
Tem tanto o que queria.
Mereceu bem este premio:
Voe, agora, voe todo dia.

Então a abelhinha entendeu tudo: já tinha quatro asas. Agora podia voar para onde quisesse. A abelhinha quase chorou de alegria. Mas não levou o tempo todo só a pensar na sua felicidade. Lembrou-se também de que a harpa estava presa no galho da árvore. A harpa deu um pulo e zás... Caiu num canteiro de folhas macias. A abelhinha foi pra lá voando... Voando... Que delícia!

A abelhinha olhou bem para a harpa e ficou muito espantada: a harpa não estava partida, nem um pouquinho. Não tinha mesmo um arranhão. Então a abelhinha, bem junto da harpa, fez assim: ah!
Como foi mesmo que a abelhinha fez quando viu a harpa sem um arranhão?

A abelhinha estava muito feliz. Ela falava tão alto, fazia tanto barulho, que chamou a atenção de indiozinho e dos óculos. Eles estavam a brincar ali perto e vieram depressa. Quiseram logo saber por que a abelhinha fazia aquela algazarra!

A abelhinha contou o que havia acontecido com a harpa, mas fez segredo das asas novas. Ela queria que os amigos descobrissem sozinhos o motivo da sua grande alegria.

Os óculos não podiam acreditar no que acabavam de ouvir. Resolveram ver a harpa, bem de perto. E ficaram admirados: a harpa estava mesmo perfeita. Então os óculos, juntinhos da harpa, fizeram assim: oh!

Então a escova mágica disse:
- Vou dar, lá em casa, uma festa. Uma festa que vai durar três dias e três noites!
Perto da harpa, o ursinho e a minhoca disseram quase ao mesmo tempo:
- Hum... Será mesmo verdade?
O indiozinho quis logo saber:
- Festa? Por causa de quê?
A abelhinha achou que devia responder:
- Por minha causa, indiozinho. Queres ver uma coisa?
E, muito feliz, a abelhinha começou a voar em voltas dos amigos.
Foi quando o indiozinho gritou:
- Que maravilha! A abelhinha já pode voar!
A abelhinha voava sem parar.
A escova olhou para a abelhinha e pensou: “Ela bem que merece esta felicidade, bem que merece...”

- O melhor é irmos indo, disse a escova mágica. Temos de preparar a festa: arrumar a casa, fazer os doces, arranjar música. Vamos precisar que todos ajudem e... Não podemos perder tempo.
O indiozinho disse logo:
- Podes contar comigo!...
Então a escova mágica falou:
- Querem convidar os outros amigos? E pedir que eles venham também ajudar? Uma festa como ninguém ainda viu. Uma festa para a abelhinha!
E então a abelhinha gritou:
- Esta festa é da escova também! Viva a escova!

Fim


Boas aprendizagens!!

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